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Mesas redondas, agregadoras;
uma é branca plástica e a outra é negra de vidro.
Sobre suas superfícies, alimentos, talheres e copos.
Corpos, sons e energia as circundam como elétrons.
A brasa rubra, outrora árvore, queima e tempera a carne,
caçada a pouco em uma prateleira de supermercado.
O nível dos copos de líquido amarelado fermentado, oscila de máximo à mínimo.
É o combustível para risos e as histórias da semana.
Estou em meu clã urbano,
a aldeia de irmãos não sangüíneos, mas de alma.
E nessa festa de um encontro dominical,
tem os xamãs, que usam seus dons mágicos
para transformar carne e sal em iguaria,
batatas, verduras, farinha e pães no pecado da gula.
Crianças, jovens e adultos fecham esse círculo de vida,
que é alvo na pureza da amizade revivida,
e negra, cor do universo, onde nossos planetas se re-encontram.
Somando em preto no branco, nossas belas diferenças.
Blumenau/SC, 16/4/10 - 13h13