Corpo

Vem ao mundo, da química do amar ou do desejo
Primeiro células tronco à espera de um molde
Moral, intelectual, familiar e de valores.
Como um balão de sangue
Vai se enchendo dos ares da juventude
Rompe o silêncio da obediência maternal
Sai da jaula moral para o aprendizado experimental
Suas curvas começam a atrair
Já percebe alguns caminhos 
de estudo, profissão, cópula matrimonial.
Se divide em mais vidas
Refaz o processo de ingresso da vida animal
Como o vento e chuva nos Canyons
O tempo molda em sulcos cada parte de nosso corpo
Murchamos, como se a beleza estética
Fosse sugada pela da experiência.
Revivemos o amor da filiação
Na beleza das crianças que saíram de nossas.
E haverá o dia, último, em que o presente divino de viver
deixará nosso corpo, na forma que o conhecemos hoje.
Volto à Terra, à água e ao ar.
Cabe a cada crença explicar onde é esse outro lugar
O universo, como cada célula, vive a se reciclar
Por isso, acredito que eu volto para cá .


Claus Jensen 
Blumenau/SC | 23/5/2010 - 11h10 

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