Que horas são?
No seu relógio é um tempo
No meu, outro.
Para mim, pode estar próximo
Para você, já passou.
A vida é uma contagem de tempos
Um acúmulo de pontuais, adiantados e atrasados
Mesmo assim, nunca dá tempo de nada.
O que ele não tira da gente
É esse estar bobo de contente
Quando o coração está certo do que sente
Sim, são minutos que se esmigalham em segundos
Mas a vida contou naquilo que aconteceu.
Não olhei o relógio, olhei seus olhos
Não ouvi o ponteiro avançando, apenas nossa conversa
No meu pulso, a palma de sua mão, me puxando
O seu sorriso maroto me faz sentir um garoto
E tudo que começa, já vai tão depressa
Não há tempo que meça
Tuas, minhas, nossas novas horas.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 23h05