Outro corpo e alma

Faltou a frase
Deixei para uma outra fase
Que amadureça
E eu meça
Se há troca
Reciprocidade

O tempo escreverá com fatos
Os atos terão eco
E se na cadeia de montanhas
Haveremos de subir alguma
Em busca de um pico
Hastearemos uma bandeira de conquista

Há um rio, de águas turvas
Eu rio, e você ri, na hipnótica alegria
De como nunca percebemos a mesma margem
A ponte que nos convida a atravessá-la
E o perigo dela ruir não nos assusta
Porque o medo, é menor que a busca

Busco o que não tenho, e acho que você teria
Meu vazio, parece ter sua forma
O encaixe perfeito, nenhum defeito
Aquele ser, que nenhum deus, pôde ser
Só não és minha, porque os deuses
Te escolheram outro corpo e alma.

Claus Jensen | Blumenau/SC | 29/01/11 - 23h50

Tempestades entre nós

Entre os estrondos dos nossos gritos feito trovões

Das palavras pesadas como gotas de uma chuva forte

Dos raios de acusações passadas, que se iluminam nesses segundos

Discussões são como tempestades

E que nosso barco nunca naufrague 

com nossos tesouros vividos dentro

Ou então nos leve à um novo horizonte.

 

Claus Jensen | Blumenau/SC | 11h46

Pegadas

Ei que pegadas são essas?

Você tirou o sapato e os chinelos

Passou e marcou uns passos

Me atravessou e se deixou

Com marcas de seus pés.

Guardo a fôrma que lhe tirei

No desconforto de meu espírito

Ainda preciso daquele passeio

Onde ao final do caminho

Tudo terminava em Roma (ntico)

 

Claus Jensen | Blumenau/SC | 02/01/10-13h50