Horas

Que horas são?

No seu relógio é um tempo

No meu, outro.

Para mim, pode estar próximo

Para você, já passou.

A vida é uma contagem de tempos

Um acúmulo de pontuais, adiantados e atrasados

Mesmo assim, nunca dá tempo de nada.

O que ele não tira da gente

É esse estar bobo de contente

Quando o coração está certo do que sente

Sim, são minutos que se esmigalham em segundos

Mas a vida contou naquilo que aconteceu.

Não olhei o relógio, olhei seus olhos

Não ouvi o ponteiro avançando, apenas nossa conversa

No meu pulso, a palma de sua mão, me puxando

O seu sorriso maroto me faz sentir um garoto

E tudo que começa, já vai tão depressa

Não há tempo que meça

Tuas, minhas, nossas novas horas.

Claus Jensen | Blumenau/SC | 23h05

Você é minha convidada

Quando sair, apague a luz e tranque a porta do tempo.

Deixo lá, guardados com carinho, tudo que foi:

Mágoas, tristezas, remorsos, alegrias e saudades.

Do que me deixou prá baixo mas que me ensinou a subir

Do que me deixou lá encima e sei que não posso ter de novo.

Na casa dessa vida, há muitos quartos

Cada um com sua própria decoração.

Quadros e retratos de tantos e tantos lugares, festas e rostos sorridentes.

Já nas gavetas, de preferência em poucas,

Caixas de lágrimas, potes de mágoas e envelopes de desilusões.

Sei que existem, mas também lembrá-las, não melhorarão o sabor de viver.

Já os bons momentos darão gostinho de quero mais.

Meus planos incluem uma ampliação de espaço

Mais quartos, mais quadros, menos gavetas.

Você é minha convidada para a sala de ESTAR e FICAR.

Claus Jensen | Blumenau/SC

Salas ocultas

Espalhadas pelas terras de silício da net,
Erguem-se pequenas e grandes salas,
Habitadas por seres frágeis ou caçadores hábeis.
Nomes estranhos pipocam e saem,
Cada um em busca de alguém que também busca.
As primeiras palavras são técnicas.
Medidas, cronologia, situação civil, cor de tudo.
Depois de se manifestar a presa perfeita,
Começam a se flechar corações ou simplesmente intenções.
Algumas são verdadeiros encontros,
Outros verdadeiras subtrações e exclusões.
Almas que sufocam em seus mundos reais
Libertam-se de seus mundos conflitantes.
Surgem revelações que se escondem até de quem se confia
Bi's e homo's vão atrás daquilo que a moral imoraliza
Há também lágrimas por recentes perdas.
Diria que é nos chats que o mundo é muito mais real,
Porque corresponde ao que acontece nos meandros de nosso ser
Lá somos quem somos e deixamos de ser o que não somos.
Talvez, precisamos aprender a viver em um mundo mais real,
Tirar mais máscaras, abrir mais janelas para refrescar nossas intenções
Por enquanto, só me resta, virar mais um habitante
Carente e subnutrido das salas ocultas.

Claus Jensen | Blumenau/SC | 19h10

De A a A

Muitas distâncias são menores do que acreditamos ser

No ser humano, hum ano, são 365 dias

Mas cada dia parece o mesmo.

Acordar, tomar banho, se barbear e ir

Cada caminho é um encontro de vidas

Que se unem,  procriam e algumas desunem.

Por isso, quando te vejo, me uno ao que sinto

Mesmo que apenas sua imagem me libera a imaginação

Sei que haverá a hora que estaremos de um A  ao outro A distantes

Se as letras que a completam estejam escritas em milímetros

O movimento suave de seu rosto em meu pequeno quadrado da web

Mal iluminado, mas ascendendo uma vontade maior

De possuir esse sorriso, ser o escudo do que te faz chorar

Envolver tua mão e te dar de presente meu calor.

Claus Jensen | Blumenau/SC | 21/08/09 - 21h27

Uma ligação e puff!

A luz da manhã brilhou radiante sobre o horizonte

Admirei toda a beleza da paisagem de nosso mundo perfeito.

Uma ligação e … puff! Bastou, para tudo se desligar.

Em segundos … um eclipse? Não, a escuridão total.

A luz não existia mais, mas os elementos ocultos,

os verdadeiros monstros mexiam suas correntes

e soltavam seus uivos.

Haviam muitos seres … seja por isso … seja por aquilo.

Tateei para achar algum fósforo, algum entendimento

E o doce amar alguém, virou amargo.

Sigo com o gosto de fel e de uma fruta imatura na boca

Naquele novo ciclo, de coisas invisíveis, negras

apenas enxerguei, que seu brilho não era de ouro.

Minha riqueza se reduziu à pobreza de antes.

Mas em algum lugar, brilha minha flor de ouro,

e sua última pétala dirá: bem me quer!!

Continuarei semeando meu pó de ouro até germinar a verdadeira.

Daí finalmente serei milionário, bilionário, trilionário

de felicidade.

Claus Jensen | Blumenau-SC | 21/8/09 - 13h20

Germinando.

Foi como segurar um copo de crystal

que explode e se fragmenta pelo corpo.

Não há movimento que eu faça,

onde não sinto um pedaço seu no corpo.

Sua falta arde da dor de querer o que aconteceu

ontem, antes e o que não pode ser agora.

Seus cacos cortaram minhas células, chegaram ao sangue

e se espalharam pelo meu sistema frágil, sem resistência assolados pela carência.

Ando dolorido pelo presente que as horas insistem em afastar.

Meus sentimentos à ti se cristalizam na mesma medida do medo.

Quero dizer “te amo”, mas nós só nos germinamos em 8 dias,

estará à altura de gerar tais frutos, só porque vemos as flores?

Mas quando meu único recurso é sonhar contigo,

lembrar cada instante vivido, entre obstáculos e vitórias,

expectativas e sonhos,  nãos e sims, beijos e abraços,

que os cacos viram cactos sob minha saudade.

Em Gênesis, diz que o mundo foi feito em 7 dias.

E eis que houve luz, habitou-se um sentimento entre 2 seres,

que se alimentaram da maçã germinada, proibida

e assim espero, sejam condenados a serem felizes, por ousarem.

 

Claus Jensen | Blumenau-SC | 20/8/09 - 23h11

Me dê seus elementos, que lhe devolvo com magia.



A lógica diz que não

A razão dá razão à lógica

Mas foi o coração que andou teimando

Queimando por alguém

Achei que minha sorte mudou

Seus ventos mexeram minha embarcação

Ondas me elevam e deixam lá embaixo

Que tesouros trazes dentro de ti?

Moedas ou gripe espanhola?

Enriquecerá nossos novos dias?

Ou me contaminará e assim me deixará sem vida à deriva?

Como marinheiro que se ilude com a terra prometida

Quero me sujeitar às suas tempestades

À sua geografia, sua alma, seus encaixes

Há uma fusão à sua espera

Me dê seus elementos, que lhe devolvo com magia.

Claus Jensen | 15/8/09 – 23h48 | Blumenau/SC

Sim! Minha decisão!



Faiscou um brilho com nossas 2 pedras

Aquelas onde a base superior tem 2 curvas e uma ponta embaixo

Foi o impacto da dureza de nossa paixão

Andávamos com sentimentos petrificados

Cada um tinha suas histórias, mas nenhum presente

Pensei nela e naquela hora me ligou

Sim, era o sinal.

Nossas trocas, mesmo verbais

Lembravam a produção de uma corda

Fibra a fibra, tudo que garantir a segurança de algo no final

Cada tarde, noite, manhã aumentavam nossa mágica

Amarrado naquela felicidade duvidei de sua existência

Não percebí que a fragilidade pode estar nessa falta de entrega

É quando não me encanto com o que é diferente dela

É quando não dançamos todas as músicas juntos

É quando achar que a conversa dela com outro homem seja algo a mais

É quando acho chato ir ao seu lugar preferido

É quando as coisas ficam diferentes do que sonhei ser

Respiro fundo e tomo a decisão: SIM!!

Vale a pena acreditar em nós.

Claus Jensen | Blumenau/SC | 15/8/09 - 10h

Nem que seja te esperando

Deitado na luz alva florescente
Planto palavras sob a chuva de notas de jazz
O contra baixo com seu tuuum-tum-tum
As cordas do piano, respondem ao toque de dedos
As páginas de desse novo livro me trilham por mais vida
Mistério, ficção, aventuras, paixão
Tento imaginar se essa melodia
Fosse o roteiro pré-escrito de um fogo
Olhares contidos faiscando desejos
Paralisados na segurança de não querer parecer fácil
Agora o livro, a música e você ficam mais visíveis, sem os olhos abertos
Meu lábio sente o seu superior
Seu cabelo se desmancha entre meus dedos
E desse pequeno sonho, acordo, embriagado
Com a certeza de que vive perto de mim
Cada um tem sua senha
Quanto menos te procurar, tanto mais o vinho vai pedir minha companhia
Seu sangue de uvas me dá as asas
Que mesmo que não são tuas,
Me sustenta no ar e tira o peso de te carregar
Porque enquanto teu amor não me encontra,
O meu caminha sobre rostos que me enganam e iludem.
Mas é que teu gostihho é para ser apreciado, nem que seja te esperando.

Claus Jensen/ Blumenau /SC, 3/8/09-4h10

Andei perdendo meu cadeado

Desculpem-me os fiéis
Mas estou traindo
Casado com a literatura
andei traindo-a com os blogs
De compromissado com o rock
pulei a cerca e fiquei cercado com o jazz e o blues
Podem me chamar de fresco ou de querer ter 20 nos 40
mas andei escutando Fresno e NX Zero
Abandonei Drumond de Andrade que me dava um certo status
e me entreti com Sidney Sheldon.
Talvez ando de caso com o pecado
Até que gostei das diabretes
Nos exames deu que ando sem estilo
Perdi minha casta de ser ... sei lá
Andei perdendo meu cadeado.
Claus Jensen, Blumenau/SC, 2/8/09

Pleno prazer

O tempo parou
Naqueles dias que recordo
É saudade ou morte?
Morro quando quero o que não existe mais
Estou armado como caçador, embrenhado na mata da oportunidade
Tem movimentos suspeitos perto daquele rio
Banha-se uma donzela chamada vida
Desnuda é a coisa mais bela que já vi
Seu mistério é em me chamar, devagar, a se achegar
Tem aquele olhar de quem quer
Aquele pudor de: epa ... pensa que é fácil?
E o safado: vem me possuir?
Tiro as roupas da saudade
Mergulho no rio das ilusões
Faço charme de macho para a conquistar
Fazemos amor sobre as ásperas pedras
E ao lhe penetrar, minhas células me colocam em outra dimensão
Hormônios, sangue, espermatozóides, convulsões
E assim, rompendo o hímen de mais um dia
Gozo a vida em pleno prazer.

Do gosto dos teus lábios.

Eita madrugadinha cheia de letras
Seus passos são muito sutis
Como em pontinha de pés pueris
Soube se aninhar, naquele cantinho protegido.
Radiografou minha alma,
Descobriu a amálgama nobre
Algemou minha ansiedade à sua espera
Te enxerguei na primeira hora da manhã
Lhe segui nas seguintes
E tombei na cama, sonhando sua presença.
Meu MP3, toca aquela nossa MPB
Escrita para nossa eterna inspiração
Daquelas infinitas horas de piração.
Não nego revelar agora uma fugidia lágrima
Resumo da incontrolável saudade
Do gosto dos teus lábios.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 27/04/08 | 19h07

Vento, areia e uma lambida salgada nos pés

Contra, só tenho mesmo estar em um lugar fechado, todo vestido
Contra, é ter ficar longe da brisa, de calça e camisa social, condicionado em um ar
Contra, é trocar o cafezinho pela água de côco
Contra, é trocar os números e letras, pela beleza dos corpos que desfilam no verão.
À favor, a sexta tão esperada a 4 dias, como o apogeu de uma semana
À favor, a caipirinha e a cerveja, companheiras de churrasco
À favor, não ter a cama certa, mas a casa cheia de amigos
À favor, ser contra o tempo, sem hora para nada, senão se sentir bem o tempo todo.
Ahhh ... praia, mar, ondas, palmeiras, milho cozido, picolés
Ahhh ... vento, areia e uma lambida salgada nos pés
Ahhh ... olhar aquele finito azul e imaginar seus infinitos mistérios
Ahhh ... te ver dourada, um prêmio aos meus olhos, como tudo em você.
Claus Jensen | Blumenau - SC | 16/01/08 - 20h38

Cheiros, sons, cores, brilhos, sorrisos.

Em um certo dia 24 do último mês do calendário cristão
Acenderão nos lares novas galáxias
Onde cada planeta pisca sobre uma espécie de cone
Luzes iluminarão um símbolo verde, uma árvore
Revelarão vultos com desenhos estranhos
Que depois perceberemos como corpos abraçados
O ar há de se encher de canções natalinas
O brilho no olhar das crianças, que ainda acreditam no bom velhinho
Pequenos, grandes, quadrados, e outros desenhos tridimensionais
Envolvidos por papéis coloridos que se rasgam e desdobram
Transformando-se em presentes esperados ou surpreeendentes
E fazem a magia dos sorrisos acontecerem
Gostaria de guardar em um vidro
Esse conjunto, essa massa de momento
Cheiros, sons, cores, brilhos, sorrisos
E dar chance de cada ser humano
Ser hiptonizado pelos seus efeitos
Ver inimigos trocar o "ini" pelo "a"
Que a única classe seja a "F" de felicidade
E ronco da barriga esfomeada, seja um arroto de satisfeita
Que eu e você, possamos estar juntos
Nem que seja somente assim: você me lendo eu te imaginando me ler.

Claus Jensen | Blumenau-SC | 22/12/07 - 17h20

Teu poder

Se eu pudesse erguer montanhas
Usar a força das marés
Determinar o tempo, com o poder dos ventos
Controlar o movimentos das placas tectônicas
Ter inventado as invenções mais incríveis
Conversar com o primeiro extraterrestre
Viajar pelo universo, e presenciar o nascimento de uma galáxia
Nada se compararia, ao poder que tu tens
De me fazer feliz.

Claus Jensen | Blumenau-SC | 17/12/07 - 13h30

Amo ...

Aquele sorrizinho bobo
A piscadinha safada
Seu sim ao meu convite
O calor da tua mão sobre meu peito
Os lábios loucos, a se perder sobre os meus
Quando teus olhos se fecham
Quando sua imaginação e nossa realidade se fundem
Quando toco uma peça de roupa tua, e a pele se mostra
Nossa música no ar, aquela que nos sintoniza
Nossa mágica liberando seus encantos
Nossos encontros poéticos, literários e ecléticos
Amo amar o amor que a ti me amarra pelo que somos.
Claus Jensen | Blumenau - SC | 14/12/07 - 19h44

Guardo as lições da dor e do prazer

Queria te tocar agora
Deixar meus dedos se atirarem na queda de teus cabelos
Falar algo que roubasse um sorriso teu
Provocar o encontro do suor de nossas mãos.
Queria adivinhar teu nome
Saber se ele tem o sentido de minha vida
Se trazes no teu destino, me preencher
Assim como eu, aquilo que te falta.
O tempo já passou, agora, ontem, anteontem
Existem dias não vividos, antes de nossa morte.
Será, que os viveremos, juntos?
Na nobreza de amar, sempre sobrevive o esperar.
Entre a equação de amar + odiar - saudade do que passou
Um toféu de ter vivido aqueles dias/horas/minutos
Vejo no futuro, mais que sua paisagem
Guardo as lições da dor e do prazer.
Claus Jensen | Blumenau - SC | 6/12-07 - 22h

Danadinha daquela flecha

Sabe, quando o mundo parece viver em paz?
Sabe, aquela paisagem interior tranqüila?
Sabe, como é acordar e ter certeza de tudo?
Sabe, onde há segurança em todo lugar que você pisa?
Aí, de repente, você aparece de sabe lá onde
Aí, de repente, você cria uma guerra entre poder e te ter
Aí, de repente, o passado briga com o presente
Aí, de repente, eu calculo cada passo.
Eu desmorono aos pés de te desejar
Viro um fugitivo que se entrega à sua lei
Você me desconstitui de qualquer princípio que tenha acreditado
Escravizo minhas horas, à pensar em ti.
Danadinha daquela flecha, naquela madrugada
Eu ia embora, você também
Nos encontramos no exato momento da despedida
E tomamos o tempo, como moldado a nós.
Ainda sangro aquele passado alvejado pelo cupido
Ainda juro te esquecer
Ainda acredito que tenho o poder de apagar o que passou
Ainda conseguirei fechar esse livro.
Danado veneno imortal imobilizante chamado amar
Danado efeito infernal de desejar o que não posso ter
Danado vazio ocupado de um lado da cama que te espera
Danada poesia que sangra mais versos de saudade.
Claus Jensen |  Blumenau-SC | 14/11/07 - 22h50

Plac, plec ... txui

Grandes riscos transparentes no céu, tombam melodia no chão
Ruim prá sair, bom prá ficar, debaixo do cobertor
Deixar minha perna dizer à sua:"- chega para cá"
Enquanto isso, passa um filme, mas perco a noção do que se passa.
Estava faltando tempo para nós
Em nosso palco, cheio de lençóis, havia uma seca
A falta de tempo de nosso dia a dia, já nos matava de sede
Hmm ... como essa chuva refresca nossos ardentes sentimentos
Fecho os olhos, apenas para apreciar a música:
Plac, plec ... txui ... Plac, plec ... txui
Agora, seus lábios molhados respingam beijos em todos lugares
Deixa chover teus carinhos e irrigar nossos desejos.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 2/11/07 | 18h50

Medir nossa ciência.

Medi meu medo
Percebi em meu credo
Que temer amar
É se massacrar em vão.
Todas contas são inexatas
Minha ciência, é a certeza
De que tua beleza
Está lá, aqui e onde ainda não vejo.
Meu desejo é uma equação
Entre a fascinação de te querer
Vezes o que nós vivemos juntos
O resultado é tudo que reúne o seu ser.
Penso que é melhor se conformar
Que em determinado momento
Estou minado de suas bombas
Cuja luz, ilumina e reascende os megatons da saudade.
Acho que ando querendo medir
O que é impossível se ter certeza
Mas é a avareza de poder dar meu próprio replay
À sinfonia perfeita, que um dia, tocamos juntos.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 2/10/07- 22h40

Enxágüe

Carinha de barata tonta
Em busca de um ninho
Despertei de hibernar
Procurando um novo rumo.
Na vida nunca rumamos para um caminho
Há nossos rumores internos
Sempre alertas ao que achamos certo
Dando as pistas ao que não percebemos.
Vivo em um deserto, cercado de mins
Estou preso ao que desejo
Sou vítima da perfeição
Perseguido por más decisões.
Não vou lamentar o que passou
Nem condenar o que passo
Mas de vez em quando
É bom um enxágüe na cara, para acordar.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 23/9/07- 20h10

Top of my mind

Há algo em você, mais que alegria
Há felicidade, você é uma fórmula
Há sempre um sorriso
Há um estado de Top.
Topar uma conversa de Sapo
Topar uma troca de opiniões estéticas
Topar um scrap orkutiano monosílabo
Topar um dia, em um  sonho, seu olhar.
Não adianta, quem é top, sempre vive no mind de alguém
Está no pódio de todos os bem querereres
É referenciada por milhares de desejos, afinal, vive no
Top of my mind
Claus Jensen | Blumenau/SC | 13/5/07- 21h40

Seu jeito

Sou assim, meu jeito, com os trejeitos
Você, assim, tem o seu, tão mutante
E um pelo outro encantados, viramos amantes
Do jeito de um pelo jeito do outro.
Se te dou meus pensamentos
Durante tantas horas e dias
É porque em ti já depositei
O sonho de te viver no teu jeito.
Sua inteligência, constantemente me requestiona
Seu olhar e tocar, traz uma ternura espiritual
Sua visão, é contemplar o que há de mais belo
Se eu quiser viver feliz, é porque terá seu jeito.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 12/5/07-18h30

A chave que vira pó.

Te dei uma chave, escrita com 2 palavras
Se não for alimentada, tal Tamagotchi
Vai morrendo entre suas mãos.
Há de ser nutrida, com a matéria prima que a criou.
Seu silêncio, sua ausência, é como acordar
Sem você, depois de uma noite de amor.
Na Terra, não há nada eterno
Tudo nasce, cresce, morre e renasce.
Use a chave, mas não me tranque sozinho no quarto.
Quando perceber a relação de carcereiro e preso
Meu instinto de sobrevivência, vai procurar a liberdade.
Nesse instante a chave virou pó e voltou à terra.
Desse mesmo pó virão outros tempos
Surgirão novos nutrientes e pode nascer mais uma chave.
Eu e você percebemos, quando o pó começa a sujar.
A mão fica úmida, mancha de lama.
Ansiedade, dúvidas, dar e não receber, são sinais.
E fica a pergunta: Que nutrientes me deu hoje amor?
Claus Jensen | Blumenau/SC | 6/5/07-13h

Tictactictac

Passa uma, passam 4, passam horas
Quando se ama, cada minuto tem um dia.
Tictactictac
Eita saudade, quanta crueldade
Porque torturar a vítima do amar?
Tictactictac
Estar encantado, é viver amaldiçoado
A sorrir para um sonho.
Tictactictac
Tenho miragens, vejo coisas que não existem
Você chegando, você sorrindo, me dizendo vem.
Tictactictac
Penso em mil frases, mas fico mudo, só de te ver
Tua boca, minha boca, já sabem o que dizer.
Tictactictac
As tantas horas, que ficamos juntos, evaporaram em segundos
Para ser feliz, só vivendo, todos eles ao teu lado.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 3/05/07 - 18h40

Veio, foi, apareceu, me deixou e voltou.

Você passou de novo,
Deu o "oi" e se foi.
Ligou o que estava em off
Infelizmente sabe o poder de suas pegadas.
Tapo meus olhos com força
Para evitar qualquer fresta entre os dedos
Não quero ver, o que quero ter.
A paisagem da ilusão, já desmatei.
Estávamos à. um passo de um sonho
Depois me fez acreditar que ele era só meu
Veio, foi, apareceu, me deixou e voltou.
Me explica uma coisa: Quem é você?
Claus Jensen | Blumenau/SC | 01/05/07 - 10h35

Lá ...

Tardinha que vai
Friozinho vem
Saudade sai
Vai te encontrar
Lá ...
Beijinho cá
Abraço mmmm ...
Cineminha com pipoca
Depois pipocam sensações
Lá ...
Depois de tudo
Redesenho com carinho
Teu corpo com minha mão
Como viajante de um caminho que se perde
Lá ...
No outro dia
A mesma agonia
A mesma alegria
Sem lugar, te amar é sempre a encontrar ...
Lá!
Claus Jensen | Blumenau/SC | 30/4/07 - 17h32

Existo para nós existirmos

Quando te olho
Quando te cheiro
Quando te toco
Quando te ouço
Quando você fica inesquecível
Olho nosso futuro
Cheiro nosso presente
Toco no teu retrato
Ouço tua respiração
Esqueço que existo
Futuro é sempre olhar por nós
Presente, é cheirar e se deliciar com nossos momentos
Nosso retrato é a magia da felicidade
Respiro e me perco no tempo
Existo para nós existirmos
Blumenau/SC | 9/03/07 | 19h

Por isso te amo.

Quantas fases
Adoráveis frases
Somos ases
No assunto amor.
Sonhar e ser
Acordar e te ter
Tomar café com fé
De mais cafuné.
Começa segunda
Termina domingo
Minha rotina
É você em minha retina.
Como hiptonizar o tempo
Prendê-lo naquelas horas
Únicas, maravilhosas, só nossas
Que o mundo girava, ao nosso redor.
Amar é essa coisa
Indescretível e inesquecível
Mortal e de ser vivo
Por isso te amo.
Blumenau/SC - 07/02/07 - 19h15

O medo e a prisão

Em todas as direções há limites
Preso a um paraíso do tempo
Cuja terra, fauna e flora eram
escritos com teu nome.
A química do ar, ainda tem tuas iniciais.
Foi tudo em uma velocidade
Que desconhecia ser possível
Me construir e desconstruir por dentro.
Aprendi que a distância entre o inferno e o paraíso
Eram terrivelmente pequenos.
Agora vivo encouraçado demais
Sonho com o possível, sem a liberdade de antes
Me protegendo de outro ataque
Que me ameace tirar de novo
Meu ar, chão e a vida que duas almas
Constroem em uma bola de cristal.
Claus Jensen | Blumenau/SC | 03/02/07 - 18h35

Bati a cara de novo

Cercado de muros e paredes
Me senti um big brother
Dos brothers do paredão do impossível
Aquele pedaço do infinito que nunca podemos provar
Com gosto de certeza e dúvida.
Esse cheiro irresistível de você
Esse jeito irresistível de sonhar e acordar com a certeza de ser você
A mulher que carrega a carga de tudo o que sonhei em encontrar
Em alguém que tem o poder de fascinar
Meus mundos e submundos, que só você sabe dominar.
Queria agora sentir o algodão da certeza
O afago de quem me garante o que é impossível garantir
Estar aqui, agora, amanhã e depois de todos os temporais da vida
Entre nós, apenas a certeza
De que, nunca, jamais, será possível, existir outra, que nem você.
Claus Jensen -Blumenau - 02/02/07 - 21h45

Já era tempo

De ver/ler/ouvir de novo
De sonhar com o impossível com você
De imaginar a vida, sem seu nome
Mas lembrar que em algum canto de mim
Você insiste em existir
Pensei que era passado
Mas não passou tudo que passamos juntos
Nãou deixo passar, aqueles dias, que marcaram
Daquelas noites que chiam em deixar de deixar
Daquelas ousadias que nunca deixaram de ousar
Daquela ... que é você.
Meu pescoço anda atravessado
Como ponte atravessada por uma chuva que derruba pontes
De saudade de quem foi tudo e é ainda muito
De quem faz parte de hoje ontem e amanhã
De quem sonho com o futuro, mas sei
É passado.
Claus Jensen - Blumenau - 2/02/07 - 21h30

Viver segundo o amar

Me persegues, como perdigueira
Me escondo entre outros pensamentos
Mas a ti não escapo.
Hiberno em teu inverno
Em plena primavera do sentir
Em pleno verão no meu coração.
Tenho dúvidas se vivo ou sobrevivo
Se nesse sonho, navego em uma esperança
Ou naufrago em um horizonte de desilusão
Não importa mais.
Só teres despertado tudo isso já me fez viver.
Amar é uma faca afiada, coberta de algodão
Apenas machuca quando não sabemos usar com ternura
É um estado de alma, que por mais que nos assuste
Faz valer cada segundo, vivido em seu nome.
Navegantes / SC - 6/01/07 - 2h50

Juntos ...

010101010101010101010101
Números binários, juntos, criam o
espaço digital
10, 20, 30, 40, 50, 60
Decimais, juntos, medem o tempo
Cérebro, coração, pulmões, estômago, fígado
Órgãos, juntos, dão vida à carne.
Você e eu
Almas, juntas, somos o código de nossa felicidade.
Navegantes / SC - 6/01/07 - 3h15

De doido fui à maluco

Era manhã e eu não parava de te ver em meus sonhos
Era tarde e eu não acordei da sesta meio dieiria
Era noite e você não escurecia em minha mente
Tava doidão, malucão, demente, daqueles louco que sente
Que tem algo de doido no coração.
Foi assim, na sensibilidade da rotação da Terra
Que senti repetir, como relógio suíço, o mesmo espírito a me assombrar
Aquele doido, maluco, que deixa a gente fora do auto controle
Que diz que sim, que diz que não, que diz que senão for agora, nunca será
Foi no acerto de uma hora incorreta, que badalou nossa história.
Parei naquelas horas, que ora pois, me fez delirar
Tadinho de meus braços, de minha bochecha, de meus lábios
Tão carentes de tantas horas dormentes, pelo simples prazer de contemplar
Aquelas noites, pernoites, dezoites, vintes, trintes ... vezes
Sentir seu aconchego brilhar na escuridão da saudade.
Claus Jensen / Blumenau / 18/11/06 - 21h22

Tão quietinho

O silêncio tá me assustando
Falta o movimento das horas que passam muito rápido
Porque estar com você, as torna invisíveis.
Sua risada acolhedora, que parecia interminável
Só volta quando as lembranças as chacoalham.
Nossas palavras, que antes viajavam por tão diversos assuntos
Pararam na sombria calada da madrugada de um lugar no passado.
Porque chamei de passado, se não passa?
As fotos que guardei, ainda sorriem sobre a estante.
Parece que viraram um papel de parede imaginário.
Em tudo que olho, tem um pedaço de nossa vida.
Sei que devo esquecer, que preciso me curar dessa ressaca que leva seu nome.
Mesmo que o entorpecer me levou ao êxtase de tudo que é bom.
Na nova manhã, de amanhã, quero olhar um novo sol
Quero me cegar com o brilho do passado
E enterrar de vez esse ex-futuro.
Talvez quando o silêncio de nossa alma nos aflige
Tenhamos que aprender a fazer um novo barulho.
Então armarei minha orquestra de vida e deixarei quietinho
Escondidinho, num cantinho, com muito carinho,
Esse pedacinho seu de vida, que dividi por tantas vezes.
Resolvi que a melhor forma de ser feliz
É aumentar o volume da intensidade de novos momentos
Que ficar quietinho, deixa um som, impossível de ou"viver".
Claus Jensen - Blumenau / SC - 28/8/06 - 19h20

Uma partida de futebol

Abre-se na tela de pixeis, a cortina de um novo espetáculo
O tapete verde se estende entre 2 redes
E em todas as redes de televisões dos continentes
As visões apaixonantes de nós torcedores
Daqueles que só torcem em tempos de copa
E dos doentes por futebol.
Entre dribles, bolas, coxas, pés, existe uma costura
Onde a agulha e o fio são o orgulho nacional
Perder e ganhar adquirem status de batalha
Aos que não vencem, mesmo sendo bons
As críticas, desabafos, os "eu sabia", a pontaria.
Aos que ganham, mesmo contando com a sorte, o pódio.
Embriagados pela paixão do esporte nacional
Nossa vida gira em torno de bolas
Finalmente esquecemos da pobreza, do analfabetismo
Do cinismo dos políticos e suas lutas por si mesmo
Espero que na vida real, o gol, possa ter grito de liberdade
Das partidas em que o povo sempre perde.
Claus Jensen / Blumenau, 4/7/06 - 22h10

Setas

Setas de todos os lados
Há as que ferem, porque vem de flechas
Há as que indicam um caminho, como nas vias
Difícil enxergar no meio da guerra
Se me defendo ou sigo a pista.
Sou alvo e aprendiz
Minha reação me chama de alvo
Minha atenção é aprendiz, me dá as dicas
Entre ser vítima e perceber a cura
É saber que estou no alto de um ponto de vista.
Elucidador, é o próximo passo
Entre os nãos, vejo tantos sims
Vítima sou, de me cegar com os nãos
Vitorioso serei quando descobrir onde estão os sims
É esse o caminho que me levará ao sorriso.
Procuro nos sims, tirar um peso
De um corpo carregado de flechas
Esperando o remédio mágico da dor
Mas o que sei é de onde elas vem
É lá que estão os arcos.
Claus Jensen / Blumenau, 20/5/06 - 9h

Controle remoto

Controlo remotamente, meus emails
Remotamente, você existe e me assiste
Nos nossos dia a dias, que trocamos
Em forma de e-mails, e-days, e-loves, e-meetings, e-messengers
Mas esse e- deixa uma dúvida: e?
Depois disso tudo?
Após o desejo não se conformar mais com leituras?
E as vozes remotas, de uma parte do Brasil,
Não te integrar mais como uma nação
Chamada você e eu, e exigir a desejada ação?
Eu te olharei e tudo será como pensamos?
Teu olhar vai retratar as mesmas webcamswords?
Controlo remotamente minha ilusão, dessa fusão
Do eu, você, nós, e o amanhã.
Sonhamos? Ahã! Dissecamos em pormenores, esse day after?
Perfeitamente sintonizados, trocamos todo estoque acumulado
De carinhos, beijinhos, abrações, e .... o resto?
Ou olhamos um ao outro e não nos reconhecemos, como estranhos no ninho
Da rede real, sem a virtual espera pela mudança e o sonho real?
Hoje estou aqui e sei que você aí, me espera,
A esfera, esse mundo que queremos construir
Ainda está a espera do primeiro passo, do acho que é
Tudo que eu sempre sonhei de alguém
Remotamente.
Claus Jensen / 07/03/06 - 10h05 / Blumenau-SC

Quase um jogo de xadrez

Existem palavras simples
quando ditas com carinho e emoção
se transformam em grandiosas.
Há toda a embalagem humana
de conceitos e pré conceitos.
Há ainda o medo
a dúvida da certeza,
que são coisas diferentes.
E nada é tão simples,
não sei se retardam uma ação
ou se é a defesa necessária.
Nosso coração é o Rei no jogo de xadrez
depois de conquistado, é todo um reino entregue.
Para vc estar do meu lado,
basta eu fechar os olhos,
é como ligar a luz,
para ver toda a beleza de ver nosso mundo.
Quero dar o xeque mate, para recomeçar meu jogo
Aquele que eu ganhe muito mais do que pontos
peões, bispos, cavalos, torres ....
mas que eu conquiste minha verdadeira rainha.

Claus Jensen / Blumenau 31/01/06 / 12h20