Danadinha daquela flecha

Sabe, quando o mundo parece viver em paz?
Sabe, aquela paisagem interior tranqüila?
Sabe, como é acordar e ter certeza de tudo?
Sabe, onde há segurança em todo lugar que você pisa?
Aí, de repente, você aparece de sabe lá onde
Aí, de repente, você cria uma guerra entre poder e te ter
Aí, de repente, o passado briga com o presente
Aí, de repente, eu calculo cada passo.
Eu desmorono aos pés de te desejar
Viro um fugitivo que se entrega à sua lei
Você me desconstitui de qualquer princípio que tenha acreditado
Escravizo minhas horas, à pensar em ti.
Danadinha daquela flecha, naquela madrugada
Eu ia embora, você também
Nos encontramos no exato momento da despedida
E tomamos o tempo, como moldado a nós.
Ainda sangro aquele passado alvejado pelo cupido
Ainda juro te esquecer
Ainda acredito que tenho o poder de apagar o que passou
Ainda conseguirei fechar esse livro.
Danado veneno imortal imobilizante chamado amar
Danado efeito infernal de desejar o que não posso ter
Danado vazio ocupado de um lado da cama que te espera
Danada poesia que sangra mais versos de saudade.
Claus Jensen |  Blumenau-SC | 14/11/07 - 22h50

0 comentários:

Postar um comentário